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EMERGÊNCIAS COM CRIANÇAS – O QUE FAZER?


Se há coisa que ninguém deseja, é uma situação de emergência que envolva crianças. Mas nunca sabemos quando acontecem, pelo que o melhor é estar preparado para qualquer eventualidade. Por isso, este mês, partilhamos um artigo do pediatra Hugo Rodrigues publicado na revista Visão.

Sempre que alguém é confrontado com uma criança que precisa de ajuda é difícil (ou, melhor dizendo, praticamente impossível) ter uma atitude puramente racional. Nessas situações, muitas vezes é o coração que «fala mais alto» e, por esse motivo, nem sempre as atitudes são as mais corretas e adequadas. Isso é perfeitamente normal, mas pode condicionar o desfecho final, pelo que se torna imprescindível reforçar alguns conselhos, muito importantes em qualquer situação de aflição:

GARANTA SEMPRE A SUA SEGURANÇA E A DA CRIANÇA

Este é o pilar básico de qualquer situação de reanimação. Se ele não for cumprido, rapidamente aumenta o número de vítimas e o quadro agrava progressivamente. Evite agir por impulso, tente sempre ter as ideias claras e respeite as normas de segurança que lhe permitam prestar o melhor auxílio possível. Eu sei que não é fácil, mas é importantíssimo que seja assim.

MANTENHA A CALMA

Este é um ponto-chave em qualquer situação de stress, particularmente quando se está a tentar ajudar crianças. O que elas mais precisam é de alguém que lhes transmita tranquilidade nesse momento de aflição e isso só se consegue com uma atitude serena. Mesmo que seja uma situação difícil, tente não entrar em pânico, para não agravar o estado da criança.

NÃO CHORE, GRITE OU RALHE COM A CRIANÇA

Muitos dos acidentes surgem devido à curiosidade (e descuido) das crianças, que geralmente teimam em não seguir as indicações dadas pelos adultos (são crianças...). Obviamente que esse é um comportamento a tentar corrigir, mas só o deve fazer depois de resolvidas as complicações que, entretanto, surgirem. No momento em que a criança está assustada, o que menos precisa é de ouvir gritos ou “raspanetes” de alguém a dizer algo do género: “Eu bem te avisei, porque é que és teimoso?”. Pode e deve fazê-lo depois, mas evite fazê-lo no imediato.

É PROFUNDAMENTE ERRADO TENTAR DAR DE COMER OU BEBER A UMA CRIANÇA QUE ESTEJA INCONSCIENTE

Este é um conselho fundamental, porque é um princípio básico que deve ser seguido sempre, independentemente da situação que tenha ocorrido. Se a criança não estiver completamente reactiva não se deve colocar nada na sua boca, pelo risco de engasgamento ou asfixia.

MAIS VALE PREVENIR DO QUE REMEDIAR

É impossível manter de forma permanente a segurança das crianças, mas sem dúvida que essa deve ser a prioridade. Estima-se que mais de 70% dos acidentes podem ser prevenidos, o que significa que ainda há muito trabalho a realizar no campo da prevenção. No entanto, mesmo com todos os cuidados, os acidentes acabam por acontecer, pelo que é extremamente importante saber o que fazer quando uma criança precisa de ajuda.

Em situações de urgência todos os segundos contam, o que faz com que seja fundamental ter um acesso imediato a informação rápida, objetiva e prática. Por esse motivo, é imprescindível que todas as pessoas que lidam com crianças tenham alguns conhecimentos sobre este assunto, de forma a poder dar uma resposta rápida e eficaz nestas situações.

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