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10 PERGUNTAS QUE TODOS OS PAIS SE COLOCAM


Seleccionámos, para esta edição da newsletter ‘Os Ilustres’, 10 questões que todos os pais se colocam e que são respondidas pelo pediatra João Gomes Pedro, e pela psicóloga clínica Filipa Sobral.

De forma sucinta, formas de educarmos os nossos filhos sem traumas e de bem com a nossa consciência.

1. Hoje, educamos os nossos filhos de forma diferente do que o fizeram os

nossos pais ou os nossos avós?

A educação das crianças tem acompanhado a evolução social e é manifestamente distinta em cada cultura. Na dita civilização ocidental a evolução corre em paralelo com uma parentalidade cada vez mais responsável e com a consciência social de que os superiores interesses da criança, em função dos seus direitos, são sempre a primeira prioridade.

2, É inaceitável, que os pais e professores usem os castigos físicos?

O castigo físico representa o desespero da transacção emocional entre pais e filhos. Há, sobretudo, que fazer a prevenção deste extremo.

3. A palmada é permitida?

A palmada é a expressão deste extremo e significa a evidência de uma desregulação do 'negócio' interactivo que inclui as expectativas, os afectos, os temperamentos, os 'estados' psicológicos e tantas outras dimensões da vida relacional das famílias. É preciso aceitar e compreender todos estes contextos relacionais antes de julgar.

4. Quais são as melhores técnicas para controlar uma birra numa criança de três ou quatro anos?

As birras começam a ser frequentes a partir dos dois anos. É desejável contextualizar cada birra e entender o que terá acontecido na regulação comportamental. Será porventura, desejável, por vezes, contornar a birra em vez de 'controlar'. De qualquer modo, não há receitas para o controlo. O desenvolvimento processa-se por desregulações seguidas por novas reestruturações tendentes ao equilíbrio, o que decorre dos estados emocionais intrafamiliares com potenciais assimetrias dos comportamentos entre mãe e pai.

5. O que se deve fazer quando a birra é persistente?

Terá de ser sempre o da ressintonização de uma comunicação que se perturbou enquanto mal-estar relacional. É preciso estar atento aos determinantes individuais dessa desregulação.

6. Qual é a importância da disciplina?

A disciplina tem de ser entendida como uma expressão de amor. Estas expressões de amor são multidimensionais. O que a criança precisa, porém, é de sentir coerência nas 'regras do jogo' emocional e afectivo da vida familiar.

7. É possível educar sem berros?

É desejável. Todavia, cada família regula-se por uma 'cultura' feita de tradições, de hábitos, de temperamentos, de limiares emocionais.

De qualquer modo, poderá ser apreendido que, em certas ocasiões, faz falta um falar devagar, um falar baixinho e uma história contada pausada e tranquilamente. Desde cedo que é notório o bebé apreciar, entre outras estratégias, a regulação através da modelação da voz ou da cantiga. Esta será a outra face do berro. Educar sem berros será, também, afinal, não berrar para dentro.

8. Quais são as melhores técnicas para incutir disciplina?

A disciplina regula-se na base duma coerência relacional. Não há receitas. Cada família é um caso feito de valores, de juízos, de 'leituras' dos próprios intervenientes. A criança aprende disciplina nos contextos da confiança e da sintonia afectiva.

9. Algumas escolas afastam as crianças das actividades como forma de castigo.

É a melhor técnica?

Não nos parece saudável. Por vezes o melhor 'castigo' para a criança é ela poder sentir a tristeza do educador face ao seu comportamento.

1O. Os pais também devem privar as crianças das actividades como castigo?

As melhores soluções são as de cada família, depois de previamente conversados os determinantes e os envolvimentos dos sucessivos momentos relacionais. De

qualquer modo, a criança sente o que os pais sentem na dinâmica da sua intersubjectividade.

FONTE: Expresso

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