A EXPO’98 ESTÁ DE VOLTA
No mês em que muito acontece em Lisboa, sugerimos uma óbvia visita à Feira do Livro de Lisboa, que já vai na 88ª edição, mas não poderíamos deixar de propor uma autêntica viagem no tempo à Expo’98.
Os 20 anos da exposição universal de Lisboa, que começou a 22 de Maio de 1998, vai ser celebrada em festa: voltam os espetáculos multimédia, voltam os Olharapos e há memórias para ver com a música Pangea.
Expo 98 abriu portas faz exatamente esta terça-feira, 22 de maio, 20 anos. Foi uma exposição que mudou Lisboa e ficou na memória de milhares de pessoas, que se tornou uma referência nacional e internacional. A NiT dedicou uma série de reportagens a relembrar este marco único na história da capital: desde o processo revolucionário que a Expo levou à zona onde se ergueu, à recriação exata do primeiro dia e às memórias da abertura do Metropolitano do Oriente.
Agora, a Associação de Turismo de Lisboa decidiu assinalar esta data tão especial e nostálgica, com um evento de nove dias, também carregado de saudosismo e nostalgia. Prepare-se porque isto é mesmo bom: os Olharapos estão de volta e os espetáculos multimédia junto ao rio também. E até o Pangea, o hino da Expo98, vai voltar.
Os Olharapos eram um grupo musical que desfilava pelo recinto todos os dias, uma espécie de monstros simpáticos sobre rodas, meio humanos e meio animais, com um, dois ou três olhos. Deambulavam de manhã à noite surpreendendo o público e com ele interagindo, num espetáculo incrível de ver, pela sua estranheza, destreza e originalidade.
Construídos pelos ingleses Kevin Plumb e Campbell Ruchan, em colaboração com alunos das Belas Artes, eram movimentados por atores, a partir do interior e do exterior.
A Associação Turismo de Lisboa anunciou agora que os foi buscar para assinalar o 20.º aniversário da Expo’98, mas há muito mais: todos os dias, entre 25 de maio e 2 de junho, às 21h30 e 22h30, vai haver um espetáculo multimédia na Pala do Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações.
Os Olharapos vão estar também por lá, a animar os espectadores antes da primeira projeção e nos intervalos das sessões.
Tal como em 1998, também agora se vai homenagear a água através de um espetáculo enriquecido com fontes e um ecrã de água, com 30 metros de comprimento e 10 de altura, em que serão projetados vídeos e imagens que farão recordar os momentos altos da Exposição Universal de Lisboa.
São memórias pertencentes ao espólio da RTP, numa seleção do jornalista Mário Augusto, acompanhadas de uma banda sonora que contém excertos do Pangea, o tema musical que fica para sempre ligado à Expo’98, da autoria de Nuno Rebelo.
Segundo a ATL, o espetáculo acontece em três momentos, narrados pela voz do locutor Eduardo Rêgo: primeiro, recorda-se a reconstrução daquele espaço da zona oriental de Lisboa, depois celebra-se a exposição de 1998 e, finalmente, mostra-se a atualidade do Parque das Nações.
Ali se ergueu o maior oceanário do mundo, uma moderna gare de transportes, uma nova travessia sobre o Tejo que constitui uma das maiores obras de engenharia do País. Durante quatro meses, bandeiras e 146 nações foram o símbolo de uma universalidade testemunhada por mais de 11 milhões de visitantes.
A iniciativa é da ATL, em parceria com a Câmara de Lisboa e a EGEAC, para assinalar uma data que fica, para sempre, na história da cidade.